domingo, 15 de fevereiro de 2009

De perto niguém é normal

“Sou simples e espalhafatoso”... Caetano me permita!
Todo ser humano exitaria alguns segundos antes de responder a pergunta primordial de “quem sou eu”? Responderia superficialmente se não parasse e refletisse alguns minutos, talvez, horas! E aposto que ainda não saberia a resposta! Mas como? Eu sou eu! Quem saberia mais de mim? O que me defini?
“Se hoje eu sou estrela, amanhã já se apagou”. A alma do ser muda a todo instante, não sabemos quem somos e nunca saberemos, mas “só sei do que não gosto”! Às vezes nos martirizamos por aquilo que queremos, por aquilo que desejamos, por aquilo que sabemos que não nos é saudável; lutamos! Alimentamos o “quereres de estares sempre afim”, quando a rotina dos nossos sentimentos dizem que não, que não é saudável seguir em frente, que o melhor caminho é o oposto! Esse é o “eu mediano”. Enquanto o “eu interno” fala justamente ao contrário, que devemos cegamente conquistar e lutar! Se quer, agarre com afinco! E a coragem encontra a falange da ponderação, e o que se segue é uma guerra de angustias, medos, rompantes de coragem, coragem e coragem. E no primeiro sinal de decepção: decepção, decepção e angústias. E no primeiro sinal de contentamento: contentamento, contentamento e euforia!
E tudo muda na nossa cognição.E tudo muda no “quem sou eu”.

Marcel Evangelista

3 comentários:

  1. Fundamentos do inconstante, o homem certamente alterna em seu estado vital a todo tempo, defini-lo seria demasiado egoísta e irônico, pois nossas opiniões acerca de nós mesmos são por demais viciadas, falar de nós mesmos é andar como numa onda de hertz, ora por cima, ora por baixo...

    ResponderExcluir
  2. Tem razão Emmanuel!!
    Eu fico com a frase do Padre Fábio de Melo:

    " Sou metade incompleta que só a eternidade poderá preencher."


    Fica ai a reflexão...

    ResponderExcluir
  3. "O poder dos reis funda-se na razão e na loucura do povo; muito mais, porém, na loucura." (Blaise Pascal)

    ResponderExcluir