O BARCO (Tomo 1)
Segue-se o barco pelas correntezas do sem fim.
Levando com ele sonhos não realizados,
Amores não correspondidos,
Vidas não vividas,
Feridas mal curadas,
Desejos reprimidos...
E nele, sua tripulação.
Pessoas sem coração,
Sem olhos sem ação,
Sem boca e sem tato,
Sem cheiro e olfato...
Segue-se o barco, segue-se o barco!
Na margem da “vida”
Seus admiradores,
Nada diferente, somando apenas mais gente!
Parasitas e estatuas,
Mentirosos de plantão,
Fracos e invejosos,
Pessoas sem razão...
Que naufrague-se o barco nas correntezas do sem fim.
(AÍLTON PIMENTEL)
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"Para mim, caro colega Ailton, sua poesia impulsiona um só pensamento... o barco retrata a limpeza da alma de tudo aquilo que não nos é necessário pra viver, funciona lavando o espírito de machucados, extirpando do pensamento tudo que tenta nor tornar fracos e impotentes!"
ResponderExcluir(Emmanuel C. Bispo)
Tem barco que nunca naufraga!
ResponderExcluirmas não significa que não se possa margea-lo