quarta-feira, 25 de março de 2009

Diante do espelho vejo as reugas do tempo, agradeço ao desconhecido pelo meu rosto desformado.
Lúcido, faço planos para o futuro, mesmo que este futuro seja apenas por um segundo.
Curvo-me sobre mim mesmo, admiro minha força e orgulho-me por tudo que fiz ou o que deixei de fazer por falta de tempo ou de vontade.
Jamais me arrempenderei por nada. Se errei, errei! se acertei, acertei!
Sigo meu caminho, e se olho para trás, é por que na minha frente não ha nada de interessante para olhar.
E se alguém me perguntar, por descuido ou por simples curiosidade em que acredito, darei o silêncio como resposta.
Sou o que sou, não importa se eu tenho pouca ou muita idede, se acreditam ou não em mim...
O que importa é que a vida é uma só, seja ela o que for, esteja onde estiver.
E no meio de tanta confusão, levantarei a bandeira de: DEIXEM-ME EM PAZ!

(Aílton Pimentel)

terça-feira, 24 de março de 2009


É COMO UM VACO NO AR /UM INTERVALO NO TEMPO /UM MINUTO DE COMPLETO SILÊNCIO /UMA PAUSA NO PULSAR
(Marcel C. da S. Evangelista)
Rapidamente se percebe essas coisas
Olhares...
São rápidos e instintivos
E foi assim que te busquei
Com uma ferocidade muda
Um desejo camuflado

E quando ficamos só nós dois por um momento
Não podia deixar de dizer
O que eu guardara a noite toda
E agora que já era dia
Meu lábio ardia

Preferir silenciar
Preferir beijar-te com força

(Marcel C. da S. Evangelista)

terça-feira, 17 de março de 2009

"Para o sexo a expirar, eu me volto, expirante.Raiz de minha vida, em ti me enredo e afundo.Amor, amor, amor - o braseiro radiante que me dá, pelo orgasmo, a explicação do mundo".
(Carlos Drummond de Andrade)
Postado por Emmanuel C. Bispo

o ciclo do sexo e as mulheres do novo milênio

A bíblia intitulou o sexo como o pecado capital, o símbolo da curiosidade de Eva e da tentação de Adão, que conheceram a partir dali a luxuria, rompendo seu estado de infância.

Apesar dos múltiplos entendimentos dessa metáfora bíblica da criação, uma coisa é certa, o sexo esta presente em todos os tempos da história da humanidade, seja na Grécia ou na Roma antiga onde o culto ao corpo aflorava as relações sexuais à arte e aproximava os Deuses dos humanos; ou na França, onde, inspirada por contos eróticos, as meninas faziam sexo anal para não perder a virgindade e um bom casamento; nas restrições da igreja católica que davam um nó na cabeça das mulheres que eram educadas a permanecerem puras, e logo após o casamento, era obrigação consumá-lo e servir o seu marido. Pois bem, o sexo sempre esteve na moda, entre o tabu e arte.

Com os inscritos românticos, principalmente de Shakespeare, que inspiraram a idéia de amores acima de tudo, capazes de romper classes, e até a morte, que levava os garotos a se declinarem em versos e cantorias pelas suas amadas, o casamento perdeu mais seu caráter negocial e ganhou o atributo do amor. A pele, o lábio, os bustos, as pernas do ser amado era o objetivo do amante renascentista. Ganhou os homens e as mulheres, pois verifique que o grau de liberdade sexual caminha junto com a evolução da mente humana, da ciência e das artes.

Mas, o maior ganho no que tange ao sexo, foi das mulheres do século XX. Entre os anos de 90 a 00 as mulheres começaram a galgar cada vez mais a liberdade financeira e profissional, buscou igualdade e respeito, e impôs aos homens o seu “direito de gozar”. O que possivelmente vai transformar as próximas décadas nos anos das mulheres, que estão mais austeras e independentes. Mais vaidosas e atentas ao corpo e a feminilidade. Retomamos o ciclo do sexo como arte, porém, agora, quem dita são elas.

(Marcel C. da S. Evangelista)

domingo, 15 de março de 2009

...

Ifê
Emmanuel C. Bispo

E os lábios molhados
Com o som da sua boca
Os cabelos esvoaçados,
E você me dizendo que
Eu te deixava louca
O cheiro da sua nuca
Entre meus dentes

E Minhas mãos nas tuas mãos
Os meus dedos em teus dedos
O meu corpo quente
Sugando-te, invadindo-te
Devagar, lentamente,
Cada centímetro, cada milímetro
Você pede, implora
Eu não escuto
Egoísta que sou
Absorto em êxtase...

Nossas roupas, rasgadas, improvisadas
Jogadas, pintando o piso
Uma dor, um sorriso
Mosaicos de pele, suor e excitação
Picasso pintado aos sussurros
Arrepios, estalos e gritos
Um balé celestial,
Na trilha sonora
Da sua e da minha respiração

Uma súbita e serena complicação
Um vazio sonoro
A mente retesada
Os músculos retraídos
Uma explosão de som, luz e seivas
Minh'alma de mãos dadas com você
Abraços, soluços, eletricidade
Entendemo-nos.

terça-feira, 10 de março de 2009


"Nenhum ser humano se reabilita; cada um é o que é dentro de sua natureza."
(Aílton Pimentel)

Determinismos nada transforma

Houve um tempo em que as civilizações na terra eram estratificadas, divididas em castas, acreditava-se que cada homem, por natureza, nascia onde deveria nascer, e assim deveria permanecer por toda a vida. A igreja católica fundamentou a escravidão dizendo que era da natureza do negro ser escravo, porque este já nascia assim! Na Alemanha nazista, os alemães mediam os narizes e os lábios do povo para identificar aqueles que, para eles, não tinham a natureza pura, aqueles que não eram arianos. Na descrição de Nina Rodrigues sobre criminosos caracterizava justamente os traços comuns aos negros como potenciais infratores por natureza. E se um negro e um branco estivessem diante do delegado, bastava o delegado acusar ao negro, pois, diante a descrição do renomado médico, era aquele que se enquadraria no perfil citado, mesmo que não houvesse prova alguma contra ele. Os deterministas dividiam a intelectualidade e a civilidade entre o hemisfério e o clima. Norte, os civilizados, Sul, os subdesenvolvidos.
Tudo isso citado acima faz parte de uma pseudociência burra, lotada de preconceitos, empirista e, graça a deus, superada em quase sua totalidade.
Temos exemplos, que hoje, pode nos fazer rir, mas não foge muito a nossa atual realidade. Observe esse auto de prisão do RJ de 1924: “é elle portador de estygmas phisicos de degeneração bem pronunciados,(...) Nem mesmo lhe faltam as tatuagens, estygmas phisicos adquirido que, com freqüência aparecem nos degenerados e nos deliquentes.(bastos,2002; Nogueira,2002:99). Ou seja, o cidadão parece com o crime mesmo antes de cometê-lo. E o que mudou hoje? ... Não muita coisa! Temos nossas imagens pré-definidas de criminosos: os negros pobres de áreas periféricas, onde a atuação da polícia é de uma eficiência fenomenal, e a da justiça mais eficaz ainda, vendo que o número de prisões e internações de jovens em “hospitais-cadeias” quase que aumentaram que 400 por cento de 1990 pra cá. Será que nossos jovens se deliquinram ou enlouqueceram em bando de uma hora pra outra? Ou será que vivemos num estado policialesco que demanda toda a sua força não em prol, mas contra determinada parcela da sociedade? A pena dada a um jovem de classe baixa envolvido com drogas, hoje, é muito mais dura que a uma pena dada a um adulto praticante do mesmo crime, mesmo quando a infração daquele jovem é de pouco poder ofensivo. Ainda sim, diferentemente do que o nobre amigo Aílton, a quem prezo muito, citou em sua máxima que “nenhum homem se reabilita”, os jovens que se encerram nesses programas chegam com a esperança de mudar, entrar numa escola ou conseguir um emprego, porém, a realidade que se deparam é totalmente aposta, seja dentro do encarceramento, ou na volta às ruas, onde acabam reincidindo na vida criminosa. Livra-se aqueles que contam com acompanhamento de ongs dedicadas ao assunto que mostram imensa relevância no processo de reabilitação de muitos jovens da classe baixa e destroem a máxima determinista do nobre amigo.
Não vou me alongar mais por que este é assunto pra muitas páginas. Nem se trata aqui de defesa da criminalidade. Mas é preciso saber que o HOMEM É FRUTO DO MEIO, SENDO MOLDADO POR ELE, vivemos numa sociedade excludente, banalizamos a pobreza e a miséria. Num país que tem duas vezes mais seguranças patrimoniais que policiais falta ao cidadão moral pra poder definir alguém como marginal não reabilitável. Nossa apatia cria o estado de medo em que vivemos, e não podemos deixar que nossos medos continue traçando o futuro e o destino de milhares de pessoas. Afinal, as cadeias estão lotadas é de negros, pobres, e semi-analfabetizados, será que é da natureza do negro a preguiça para com o estudo e o desleixo para com as normas sociais, ou será que somos nós, os ditos homens de bens, omissos, que somos desleixados. Será que nos países de civilizados a “natureza” do homem o fez assim por sua geografia?
É muito mais fácil responsabilizar a natureza do cara que ta preso, atribuindo-lhe um estigma do que reconhecer nossa parcela de erro!
Marcel Evangelista

segunda-feira, 2 de março de 2009

"exitem coisas que são belas justamente por que não podem ser entendidas"
( Marcel Evangelista)

coisas que vagam por aí

Passei boa parte de minha vida pensante tentando entender a fundo a essência das coisas que me rodeavam e que eu rodeava. Percebi que na maioria delas não precisava ir muito adiante, que não precisava entendê-las, mas senti-las já bastava para suprir minhas incertezas. Grande questão que sempre me martelou a cabeça foi sobre o que vinha antes do começo e depois do fim, ainda mais, quando certo dia um amigo virou pra mim e me explicou que o infinito era uma linha sem começo nem fim, e o que a maioria das pessoas tinha como infinito era uma linha traçada através de certo ponto, isto, seria o semi-infinito. O que possa parecer uma mera questão conceitual desestabilizou ainda mais minhas certezas sobre a cronologia das coisas, sobre a história, sobre o conceito religioso de vida e o conceito científico da criação. A palavra “O COMEÇO” já não faz muito sentido para mim, apenas uma forma burocrática de datar os fatos. Passei daí então a questionar ainda mais os conceitos humano de vida na terra e no universo, as simbologias, as crenças, os deuses, o amor. Tudo passou a ser parte de uma mera observação material e racionalista para mim. Porém, de tanto observar, ironicamente o racionalismo me alçou a um ponto de entendimento imaterial das coisas e elevou minha espiritualidade. Quando desconstrui a idéia de um Deus bíblico, personificado e patriarcalista, quando diferenciei amor à posse, destino às ações e causas. Percebi que existe um toque de GENIALIDADE no andamento da vida no universo, que existe uma ferramenta orquestrada na sistemática dos movimentos e das relações, percebi a primeira incógnita de nossa equação, percebi que existe algo maior que todos nós e nos circunda a cada segundo de nossas vidas, encontrei meu espírito, e descobrir que ele vaga muito além dos meus conceitos.

Mesmo sem olhar nos seus olhos, encontrei a obra, e assim, o arquiteto. Porém, ainda caminho muito longe do entendimento, e assim desejo continuar, pois achei a beleza.


Marcel C. Da S. Evangelista

sábado, 28 de fevereiro de 2009



Que exista, para o homem, o constante processo de desconstrução e reconstrução do seu próprio eu!"(Emmanuel C. Bispo)

Divago sobre o que não Sei!

“Definir-se é limitar-se”(Autor que no momento não lembro o nome kkk)
Caros navegantes deste humilde blog, ouso, na infinitude da minha ignorância, direcionar-lhes a seguinte e ínfima afirmação de que: Triste será aquele que ignorar a sua própria mutação mental, será eternamente escravo de suas próprias posições e ideologias acerca de tudo o que o rodeia... O tal processo que me referi na frase da semana de minha autoria, se dá na compreensão do mundo e de tudo aquilo que influencia o homem. Não gostaria de viver atrelado a concepções ideológicas que desenvolvi, por exemplo, num momento de radicalismo sobre determinada seara. O homem está em evolução a todo momento, isso pode até soar piegas, mas estar alheio as convenções sociais que se formam e se desformam a todo tempo é escolher a ignorância como norte vital. Sempre digo que a melhor característica do ser humano é a adaptabilidade, vivemos nas cavernas, em cima das árvores, comíamos carne crua, lapidávamos pedra para fazer ferramentas, descobrimos o fogo, controlamos a eletricidade, produzimos embriões in vitro, fomos a lua (em algum momento kkkk), mas também aceitamos a mulher sair pra trabalhar, reconhcemos os valores sociais, entendemos a física a matemática e fizemos história e uma infinidade de coisas interessantes e importantes, porém de outro lado, exterminamos judeus, negros e homossexuais,escravizamos pessoas e tudo isso, simplesmente por considerar e compreender (terrivelmente) que o homem não é igual, comumente não aceitamos as diferenças e outrora não nos adaptamos a ela, e assim a força e o torpor venceram. Enquanto não reconhecermos a adaptabilidade como fator imprescindível pra a convivência, enquanto fazermos de conta que ela não existe estaremos fadados ao insucesso social. Sua mente, minha mente, nossa mente é perfeitamente adaptável às circunstâncias que se apresentam, esqueça o bairrismo, a regionalização, a intolerância ou qualquer coisa que você use pra esconder a ridícula sensação de medo do novo que você tenha... hehehe, escancare, se jogue, pule, se lance, sorva, deleite-se adapte-se à novidade, afinal... ela veio dar à praia.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Se a reconstrução aponta a desconstrução, se o sentido, o não-sentido, a desconstrução e as rupturas de sentido no detalhe apontam o sentido e uma arquitetura contínua mais profunda. Como posso comporta-me perante a esse processo de desorganizar-me e organizar-me? E como posso reorganizar-me? Seria um terceiro fator do processo “seletivo” do meu ser? Buscamos novas culturas, novos meios, novos sentidos... em tempos em temos mudamos nossa direção, e o que era uma eterna busca transformou-se em um ponto final. Então começamos a buscar novos campos de “batalha” para a vida. E assim vamos mudando nosso comportamento pouco a pouco e sucessivamente... Assim pergunto: é necessário esse constante processo de desconstrução e reconstrução? Cabe a cada um de nós termos a resposta correta e verdadeira.

( Aílton Pimentel)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Que eu desorganizando posso me organizar. Que eu me organizando posso desorganizar. Já cantou assim a Nação Zumbi. O ser é um captador natural de tendências, costumes, hábitos, funcionando como uma antena que recebe e emiti ao mesmo tempo comportamentos, e quantos mais potencializarmos nossas antenas melhor conviveremos com o mundo. Não existe obra completa quando se trata do espírito humano, estamos em constante mutação, se adaptando ao mundo e adaptando-o a gente, ao nosso meio. O homem que concebe mais fácil a possibilidade de destronar suas convicções, a qualquer momento, estabelece um círculo de interseções capaz de lhe render abonos como a felicidade, a sensação de paz e o contentamento, além da capacidade de entendimento que lhe é naturalmente aguçada nesse processo, é o ser amorfo, sem fórmula concreta, reconstrutor do próprio espírito, estabelecendo uma relação mais perto do natural e do real, que deixa de se vê como a medida de todas as coisas e passa a vê o mundo como ele realmente é.

(Marcel Evangelista)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"Quem sou, este ser frente ao espelho? E se inicia o eterno duelo entre eu e mim, mim e eu".

(Emmanuel C. Bispo)

A Inconstância do Espírito

Séculos e mais séculos foram gastos, tempo e investimento foram usados para tentar desvendar a mente humana, esmiuçar as nuances da “alma” buscando compreender a mais complexa parte do corpo humano: o Cérebro. Desde a parte física representada pelos impulsos elétricos que são conduzidos pelos neurônios até a psique, um vasto catálogo fora criado, enciclopédias foram escritas, livros, ciências foram emanadas, cursos, tudo elaborado acerca da subjetividade humana, numa tentativa de padronizá-la. Os poetas e músicos também fizeram sua parte, produziram obras de arte para definir a manifestação mental do ser humano. Porém o questionamento ainda não foi respondido... ”O que você faz quando ninguém te vê?” Como você se apresenta e se comporta nas relações sociais? Quem é a pessoa que se olha todo dia no espelho antes de sair pra trabalhar? Quem é aquele sentado em seu cubículo num escritório? Quem é o recepcionista? O dentista? O padeiro? O homem que anda na calçada? O bêbado? O mendigo? Todos nós temos nossos “esqueletos” guardados em nossos armários, quando nos relacionamos, estamos sendo que pessoa? Estamos sendo quem realmente somos ou meras projeções de personagens que criamos na tentativa de escondermos quão insanos somos? Nossos medos, nossas angústias, nossas alegrias... às vezes não passam de representações de nossa própria mente, na ânsia de nos relacionarmos, por muitas vezes acabamos sendo atores de nossas próprias peças, colocamos de lado nosso próprio eu, e ironicamente a busca por respostas me leva singelamente à mais uma indagação: “ Há o eu interior, há de fato o ator por trás do personagem? Ou simplesmente não passamos de personagens criados em nosso teatro mental?” O louco da esquina, está utilizando seu complexo cerebral, mas ordenadamente ou desordenadamente se comparado ao padrão social pré-estabelecido, queria estar em sua mente pra saber o que se passa... E então, “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”...

(Emmanuel C. Bispo
)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

De perto niguém é normal

“Sou simples e espalhafatoso”... Caetano me permita!
Todo ser humano exitaria alguns segundos antes de responder a pergunta primordial de “quem sou eu”? Responderia superficialmente se não parasse e refletisse alguns minutos, talvez, horas! E aposto que ainda não saberia a resposta! Mas como? Eu sou eu! Quem saberia mais de mim? O que me defini?
“Se hoje eu sou estrela, amanhã já se apagou”. A alma do ser muda a todo instante, não sabemos quem somos e nunca saberemos, mas “só sei do que não gosto”! Às vezes nos martirizamos por aquilo que queremos, por aquilo que desejamos, por aquilo que sabemos que não nos é saudável; lutamos! Alimentamos o “quereres de estares sempre afim”, quando a rotina dos nossos sentimentos dizem que não, que não é saudável seguir em frente, que o melhor caminho é o oposto! Esse é o “eu mediano”. Enquanto o “eu interno” fala justamente ao contrário, que devemos cegamente conquistar e lutar! Se quer, agarre com afinco! E a coragem encontra a falange da ponderação, e o que se segue é uma guerra de angustias, medos, rompantes de coragem, coragem e coragem. E no primeiro sinal de decepção: decepção, decepção e angústias. E no primeiro sinal de contentamento: contentamento, contentamento e euforia!
E tudo muda na nossa cognição.E tudo muda no “quem sou eu”.

Marcel Evangelista

A loucura...

Loucura, insânia... Como defini-la? Segundo a psicologia é uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados "anormais" pela sociedade. Teria a psicologia razão em definir a loucura dessa maneira? E que “moral” tem a sociedade para achar anormal certas atitudes de certos indivíduos? Seus atos ditos “normais”, não seriam uma parte de uma insanidade coletiva? Mudamos a cada passo, somos seres mutáveis, temos comportamentos impulsivos, atitudes “não” pensadas... por outro lado planejamos atrocidades, mutilações, negamos, mentimos... somos seres normais? Seria a loucura uma doença ou um estado de fuga perante a impotência do ser “normal”? Hegel afirmou que só seria humano quem tivesse a virtualidade da loucura, pois a razão humana só se realizaria através dela.


Aílton Pimentel

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009


Ponto...

Sempre que escuto a palavra "controle", me vem a sensação de negação de sua própria identidade e, por conseguinte sua própria personalidade... Acredito que o caminho para a parcial satisfação vindoura é senão, a própria aceitação, aceite suas vontades, aceite seus desejos, realize com parcimônia aquilo que te seduz, se é pra ir vá, se é pra ficar fique... aceite o que tua alma anseia, dose com saber e responsabilidade e vá vivendo, não se prenda, não se esconda, pise firme e siga em frente... Ser só racional nos levará ao status de "cyborgs". Negar o que deseja e acabar fazendo só o que se necessita... É algo trágico, é triste, é dia cinzento!
Emmanuel C. Bispo

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009



"Encontrei no espelho, o mundo racional"
( Aílton Pimentel)

Razão

Os filósofos racionalistas opõem a razão à imaginação. Enquanto empregar a imaginação é representar os objetos segundo as qualidades secundárias - aquelas que são dadas aos sentidos - empregar a razão é representar os objetos segundo as qualidades primárias, aquelas que não são dadas à razão.
Empregada em filosofia, a palavra razão comporta vários significados:
A razão como característica da condição humana, quando se define o homem, por exemplo, como animal racional, ou se diz que alguém está no uso da razão ou a perdeu;
Princípio ou fundamento, a razão pela qual as coisas são como são ou ocorrem os fatos desta ou daquela maneira.
A razão não é uma instância transcendente, dada de uma vez por todas, mas um processo que se desdobra ou realiza ao longo do tempo. Dir-se-ia que, assim como o homem é a história do homem, a razão é a história da razão.
Zenão de Eléia, identificando a razão com o ser e admitindo que o princípio de identidade, formalmente entendido, é o princípio fundamental da razão, argumenta para provar que o movimento e a pluralidade, envolvendo contradição, são irracionais e, portanto, irreais, meras ilusões dos sentidos.
A razão, entendida como diálogo, não tem um conteúdo eventual, mas permanente, o conhecimento de si mesma e das essências das coisas, do universal. A razão socrática é o método que permite, pelo diálogo, proposição da tese, crítica da tese ou antítese, chegar à síntese, a essência descoberta em comum, ao termo da controvérsia.
Há quem acredite que a razão se subordina totalmente à fé, pois o critério supremo da verdade é o dogma, a revelação divina. A razão abdica de suas exigências próprias em favor de uma instância meta-racional, cuja autoridade não se discute. A razão é tida, por alguns, como instrumento não de demonstração, mas de afirmação da fé.
É na filosofia de Hegel que se encontra a primeira tentativa de introduzir a razão na história.
Por: Aílton Pimentel

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Eu tenho razão! Você tem razão! Eles estavam com razão. Ela tinha razão! Mas afinal, o que é razão? Grosseiramente falando razão é um conjunto de conceitos pré-definidos apontados pela sociedade como uma ética de conduta necessária a manutenção do que se acredita ser o correto, no falar, no andar, no usar.
Porém, os conceitos mudam, se refazem e são ultrapassados rompendo com a cultura e com as convicções. O problema é que o ser racional não alcança e teima em não perceber as rupturas que acontecem na moral e na conduta. Enxergando os novos conceitos como uma agressão à razão estática. Reação disso, fogueiras, cicutas, inquisições, prisões, torturas, crucificações... O ser racional se torna o contraponto à razão natural, que é o impulso à vida, ao convívio harmônico, a manutenção da paz. A razão do homem não é capaz de acompanhar a vida por que é imposta pelas oligarquias religiosas, econômicas e políticas. O que você geralmente costuma achar que é razão nada mais é que a linha traçada pelos que fazem e escrevem a história. Por isso, é que fico com Nietzsche quando diz “quem disse que coração não é razão”, acredito fielmente que o instinto humano priva pela manutenção de nossos anseios naturais, tanto o homem bruto, como o civilizado! Se olharmos bem perceberemos facilmente o toque de genialidade que há dentre de cada um de nós!

( Marcel Evangelista)

Racional ou Sentimental?

"Como separar o racional do sentimental? O que é ser racional? É se manter protegido de todo tipo de sentimento? Ou é se entregar ao prazer de ser aquilo que realmente deseja ser? Há muito tempo tenho relegado meus sentimentos às noites escuras, em que possa esconder aquilo que sou... Isso é ser racional? Ser racional é estar acima do sofrimento, euforia ou ansiedade? É agir friamente sem se preocupar com as ações que resultam de nosso eu interior? Chego a ínfima conclusão que ser racional é saber lidar com as alterações de sentimento, uma hora podemos estar felizes e agirmos de acordo com essa tal felicidade, outrora podemos estar num inferno astral e dele retirar as ações necessárias... Para um ser confuso e instável como o homem, ser só radical é negar a atividade humana, é se recusar como homem... o homem é só sentimental, a racionalidade aparece como pinceladas minúsculas e quase que imperceptíveis, como traços meticulosos numa obra de Picasso..."

Emmanuel C. Bispo

UM "TODO" DE MIM VOA

Diante do espelho vejo as rugas do tempo, agradeço ao desconhecido pelo meu rosto deformado.
Lúcido, faço planos para o futuro, mesmo que este futuro seja apenas por um segundo.
Curvo-me sobre mim mesmo, admiro minha força e orgulho-me por tudo que fiz ou o que deixei de fazer por falta de tempo ou de vontade.
Jamais me arrependerei por nada. Se errei, errei! se acertei, acertei!
Sigo meu caminho, e se olho para trás, é por que na minha frente não ha nada de interessante para olhar.
E se alguém me perguntar por descuido ou por simples curiosidade em que acredito, darei o silêncio como resposta.
Sou o que sou, não importa se eu tenho pouca ou muita idade, se acreditam ou não em mim...
O que importa é que a vida é uma só, seja ela o que for, esteja onde estiver.
E no meio de tanta confusão, levantarei a bandeira de: DEIXEM-ME EM PAZ!

Aílton Pimentel

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

"São as pequenas gotas que formam os grandes rios"!
(Marcel Evangelista)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sempre ouvi Renato Russo falar, em uma de suas músicas, que disciplina era liberdade. O que para muitas pessoas possa parecer uma idéia contraditória, para mim, sempre se encaixou perfeitamente. Por que entendo que disciplina não é uma idéia ligada a arbitrariedade ou um conjunto de regras impostas para serem seguidas metricamente. Não, disciplina é organização, método, definir prioridades e buscá-las. O que possibilita que eu alcance meus objetivos não esta ligado com a sorte ou com alguma ajuda extraterrena, e sim, como me planejo para alcançá-los. Quantas pessoas talentosas nós conhecemos que não chegam a lugar nenhum. E outras, pouco talentosas que alcançam metas extraordinárias. O que pesa é a disciplina e a organização, assim como as gotas de água constante que se transformam em rios grandiosos.
(Marcel Evangelista)

Início

"O início de todas as coisas é repleto de medo, de dedos, de receios, mas quando começamos, quando um passo é dado e suscedem os outros pércebemos que o medo nos paralisa e nos torna incapazes de mudança, a audácia é algo a ser utilizada com maior frequência, afinal a vida não pode se tornar um muro de lamentações acerca de coisas que não foram vividas. É por isso que o mais dificil a se fazer é começar, iniciar, "tirar o pause". Louvemos aqueles que tem a coragem necessáira de arriscar para sorver quantidades de risos e de sorrisos... um brinde ao início, uma salva de palmas aos que começam."
(Emmanuel C. Bispo)

O Barco (Tomo 1)

O BARCO (Tomo 1)

Segue-se o barco pelas correntezas do sem fim.
Levando com ele sonhos não realizados,
Amores não correspondidos,
Vidas não vividas,
Feridas mal curadas,
Desejos reprimidos...
E nele, sua tripulação.
Pessoas sem coração,
Sem olhos sem ação,
Sem boca e sem tato,
Sem cheiro e olfato...
Segue-se o barco, segue-se o barco!
Na margem da “vida”
Seus admiradores,
Nada diferente, somando apenas mais gente!
Parasitas e estatuas,
Mentirosos de plantão,
Fracos e invejosos,
Pessoas sem razão...
Que naufrague-se o barco nas correntezas do sem fim.

(AÍLTON PIMENTEL)