quarta-feira, 25 de março de 2009
Lúcido, faço planos para o futuro, mesmo que este futuro seja apenas por um segundo.
Curvo-me sobre mim mesmo, admiro minha força e orgulho-me por tudo que fiz ou o que deixei de fazer por falta de tempo ou de vontade.
Jamais me arrempenderei por nada. Se errei, errei! se acertei, acertei!
Sigo meu caminho, e se olho para trás, é por que na minha frente não ha nada de interessante para olhar.
E se alguém me perguntar, por descuido ou por simples curiosidade em que acredito, darei o silêncio como resposta.
Sou o que sou, não importa se eu tenho pouca ou muita idede, se acreditam ou não em mim...
O que importa é que a vida é uma só, seja ela o que for, esteja onde estiver.
E no meio de tanta confusão, levantarei a bandeira de: DEIXEM-ME EM PAZ!
(Aílton Pimentel)
terça-feira, 24 de março de 2009
Olhares...
São rápidos e instintivos
E foi assim que te busquei
Com uma ferocidade muda
Um desejo camuflado
E quando ficamos só nós dois por um momento
Não podia deixar de dizer
O que eu guardara a noite toda
E agora que já era dia
Meu lábio ardia
Preferir silenciar
Preferir beijar-te com força
(Marcel C. da S. Evangelista)
terça-feira, 17 de março de 2009
o ciclo do sexo e as mulheres do novo milênio
Apesar dos múltiplos entendimentos dessa metáfora bíblica da criação, uma coisa é certa, o sexo esta presente em todos os tempos da história da humanidade, seja na Grécia ou na Roma antiga onde o culto ao corpo aflorava as relações sexuais à arte e aproximava os Deuses dos humanos; ou na França, onde, inspirada por contos eróticos, as meninas faziam sexo anal para não perder a virgindade e um bom casamento; nas restrições da igreja católica que davam um nó na cabeça das mulheres que eram educadas a permanecerem puras, e logo após o casamento, era obrigação consumá-lo e servir o seu marido. Pois bem, o sexo sempre esteve na moda, entre o tabu e arte.
Com os inscritos românticos, principalmente de Shakespeare, que inspiraram a idéia de amores acima de tudo, capazes de romper classes, e até a morte, que levava os garotos a se declinarem em versos e cantorias pelas suas amadas, o casamento perdeu mais seu caráter negocial e ganhou o atributo do amor. A pele, o lábio, os bustos, as pernas do ser amado era o objetivo do amante renascentista. Ganhou os homens e as mulheres, pois verifique que o grau de liberdade sexual caminha junto com a evolução da mente humana, da ciência e das artes.
Mas, o maior ganho no que tange ao sexo, foi das mulheres do século XX. Entre os anos de 90 a 00 as mulheres começaram a galgar cada vez mais a liberdade financeira e profissional, buscou igualdade e respeito, e impôs aos homens o seu “direito de gozar”. O que possivelmente vai transformar as próximas décadas nos anos das mulheres, que estão mais austeras e independentes. Mais vaidosas e atentas ao corpo e a feminilidade. Retomamos o ciclo do sexo como arte, porém, agora, quem dita são elas.
(Marcel C. da S. Evangelista)
domingo, 15 de março de 2009
...
Emmanuel C. Bispo
E os lábios molhados
Com o som da sua boca
Os cabelos esvoaçados,
E você me dizendo que
Eu te deixava louca
O cheiro da sua nuca
Entre meus dentes
E Minhas mãos nas tuas mãos
Os meus dedos em teus dedos
O meu corpo quente
Sugando-te, invadindo-te
Devagar, lentamente,
Cada centímetro, cada milímetro
Você pede, implora
Eu não escuto
Egoísta que sou
Absorto em êxtase...
Nossas roupas, rasgadas, improvisadas
Jogadas, pintando o piso
Uma dor, um sorriso
Mosaicos de pele, suor e excitação
Picasso pintado aos sussurros
Arrepios, estalos e gritos
Um balé celestial,
Na trilha sonora
Da sua e da minha respiração
Uma súbita e serena complicação
Um vazio sonoro
A mente retesada
Os músculos retraídos
Uma explosão de som, luz e seivas
Minh'alma de mãos dadas com você
Abraços, soluços, eletricidade
Entendemo-nos.
terça-feira, 10 de março de 2009
Determinismos nada transforma
Tudo isso citado acima faz parte de uma pseudociência burra, lotada de preconceitos, empirista e, graça a deus, superada em quase sua totalidade.
Temos exemplos, que hoje, pode nos fazer rir, mas não foge muito a nossa atual realidade. Observe esse auto de prisão do RJ de 1924: “é elle portador de estygmas phisicos de degeneração bem pronunciados,(...) Nem mesmo lhe faltam as tatuagens, estygmas phisicos adquirido que, com freqüência aparecem nos degenerados e nos deliquentes.(bastos,2002; Nogueira,2002:99). Ou seja, o cidadão parece com o crime mesmo antes de cometê-lo. E o que mudou hoje? ... Não muita coisa! Temos nossas imagens pré-definidas de criminosos: os negros pobres de áreas periféricas, onde a atuação da polícia é de uma eficiência fenomenal, e a da justiça mais eficaz ainda, vendo que o número de prisões e internações de jovens em “hospitais-cadeias” quase que aumentaram que 400 por cento de 1990 pra cá. Será que nossos jovens se deliquinram ou enlouqueceram em bando de uma hora pra outra? Ou será que vivemos num estado policialesco que demanda toda a sua força não em prol, mas contra determinada parcela da sociedade? A pena dada a um jovem de classe baixa envolvido com drogas, hoje, é muito mais dura que a uma pena dada a um adulto praticante do mesmo crime, mesmo quando a infração daquele jovem é de pouco poder ofensivo. Ainda sim, diferentemente do que o nobre amigo Aílton, a quem prezo muito, citou em sua máxima que “nenhum homem se reabilita”, os jovens que se encerram nesses programas chegam com a esperança de mudar, entrar numa escola ou conseguir um emprego, porém, a realidade que se deparam é totalmente aposta, seja dentro do encarceramento, ou na volta às ruas, onde acabam reincidindo na vida criminosa. Livra-se aqueles que contam com acompanhamento de ongs dedicadas ao assunto que mostram imensa relevância no processo de reabilitação de muitos jovens da classe baixa e destroem a máxima determinista do nobre amigo.
Não vou me alongar mais por que este é assunto pra muitas páginas. Nem se trata aqui de defesa da criminalidade. Mas é preciso saber que o HOMEM É FRUTO DO MEIO, SENDO MOLDADO POR ELE, vivemos numa sociedade excludente, banalizamos a pobreza e a miséria. Num país que tem duas vezes mais seguranças patrimoniais que policiais falta ao cidadão moral pra poder definir alguém como marginal não reabilitável. Nossa apatia cria o estado de medo em que vivemos, e não podemos deixar que nossos medos continue traçando o futuro e o destino de milhares de pessoas. Afinal, as cadeias estão lotadas é de negros, pobres, e semi-analfabetizados, será que é da natureza do negro a preguiça para com o estudo e o desleixo para com as normas sociais, ou será que somos nós, os ditos homens de bens, omissos, que somos desleixados. Será que nos países de civilizados a “natureza” do homem o fez assim por sua geografia?
É muito mais fácil responsabilizar a natureza do cara que ta preso, atribuindo-lhe um estigma do que reconhecer nossa parcela de erro!
segunda-feira, 2 de março de 2009
coisas que vagam por aí
Mesmo sem olhar nos seus olhos, encontrei a obra, e assim, o arquiteto. Porém, ainda caminho muito longe do entendimento, e assim desejo continuar, pois achei a beleza.
Marcel C. Da S. Evangelista
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Divago sobre o que não Sei!
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
( Aílton Pimentel)
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
(Marcel Evangelista)
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
A Inconstância do Espírito
(Emmanuel C. Bispo)
domingo, 15 de fevereiro de 2009
De perto niguém é normal
Todo ser humano exitaria alguns segundos antes de responder a pergunta primordial de “quem sou eu”? Responderia superficialmente se não parasse e refletisse alguns minutos, talvez, horas! E aposto que ainda não saberia a resposta! Mas como? Eu sou eu! Quem saberia mais de mim? O que me defini?
“Se hoje eu sou estrela, amanhã já se apagou”. A alma do ser muda a todo instante, não sabemos quem somos e nunca saberemos, mas “só sei do que não gosto”! Às vezes nos martirizamos por aquilo que queremos, por aquilo que desejamos, por aquilo que sabemos que não nos é saudável; lutamos! Alimentamos o “quereres de estares sempre afim”, quando a rotina dos nossos sentimentos dizem que não, que não é saudável seguir em frente, que o melhor caminho é o oposto! Esse é o “eu mediano”. Enquanto o “eu interno” fala justamente ao contrário, que devemos cegamente conquistar e lutar! Se quer, agarre com afinco! E a coragem encontra a falange da ponderação, e o que se segue é uma guerra de angustias, medos, rompantes de coragem, coragem e coragem. E no primeiro sinal de decepção: decepção, decepção e angústias. E no primeiro sinal de contentamento: contentamento, contentamento e euforia!
E tudo muda na nossa cognição.E tudo muda no “quem sou eu”.
Marcel Evangelista
A loucura...
Loucura, insânia... Como defini-la? Segundo a psicologia é uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados "anormais" pela sociedade. Teria a psicologia razão em definir a loucura dessa maneira? E que “moral” tem a sociedade para achar anormal certas atitudes de certos indivíduos? Seus atos ditos “normais”, não seriam uma parte de uma insanidade coletiva? Mudamos a cada passo, somos seres mutáveis, temos comportamentos impulsivos, atitudes “não” pensadas... por outro lado planejamos atrocidades, mutilações, negamos, mentimos... somos seres normais? Seria a loucura uma doença ou um estado de fuga perante a impotência do ser “normal”? Hegel afirmou que só seria humano quem tivesse a virtualidade da loucura, pois a razão humana só se realizaria através dela.
Aílton Pimentel
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Ponto...
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Razão
Empregada em filosofia, a palavra razão comporta vários significados:
A razão como característica da condição humana, quando se define o homem, por exemplo, como animal racional, ou se diz que alguém está no uso da razão ou a perdeu;
Princípio ou fundamento, a razão pela qual as coisas são como são ou ocorrem os fatos desta ou daquela maneira.
A razão não é uma instância transcendente, dada de uma vez por todas, mas um processo que se desdobra ou realiza ao longo do tempo. Dir-se-ia que, assim como o homem é a história do homem, a razão é a história da razão.
Zenão de Eléia, identificando a razão com o ser e admitindo que o princípio de identidade, formalmente entendido, é o princípio fundamental da razão, argumenta para provar que o movimento e a pluralidade, envolvendo contradição, são irracionais e, portanto, irreais, meras ilusões dos sentidos.
A razão, entendida como diálogo, não tem um conteúdo eventual, mas permanente, o conhecimento de si mesma e das essências das coisas, do universal. A razão socrática é o método que permite, pelo diálogo, proposição da tese, crítica da tese ou antítese, chegar à síntese, a essência descoberta em comum, ao termo da controvérsia.
Há quem acredite que a razão se subordina totalmente à fé, pois o critério supremo da verdade é o dogma, a revelação divina. A razão abdica de suas exigências próprias em favor de uma instância meta-racional, cuja autoridade não se discute. A razão é tida, por alguns, como instrumento não de demonstração, mas de afirmação da fé.
É na filosofia de Hegel que se encontra a primeira tentativa de introduzir a razão na história.
Por: Aílton Pimentel
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Porém, os conceitos mudam, se refazem e são ultrapassados rompendo com a cultura e com as convicções. O problema é que o ser racional não alcança e teima em não perceber as rupturas que acontecem na moral e na conduta. Enxergando os novos conceitos como uma agressão à razão estática. Reação disso, fogueiras, cicutas, inquisições, prisões, torturas, crucificações... O ser racional se torna o contraponto à razão natural, que é o impulso à vida, ao convívio harmônico, a manutenção da paz. A razão do homem não é capaz de acompanhar a vida por que é imposta pelas oligarquias religiosas, econômicas e políticas. O que você geralmente costuma achar que é razão nada mais é que a linha traçada pelos que fazem e escrevem a história. Por isso, é que fico com Nietzsche quando diz “quem disse que coração não é razão”, acredito fielmente que o instinto humano priva pela manutenção de nossos anseios naturais, tanto o homem bruto, como o civilizado! Se olharmos bem perceberemos facilmente o toque de genialidade que há dentre de cada um de nós!
( Marcel Evangelista)
Racional ou Sentimental?
UM "TODO" DE MIM VOA
Lúcido, faço planos para o futuro, mesmo que este futuro seja apenas por um segundo.
Curvo-me sobre mim mesmo, admiro minha força e orgulho-me por tudo que fiz ou o que deixei de fazer por falta de tempo ou de vontade.
Jamais me arrependerei por nada. Se errei, errei! se acertei, acertei!
Sigo meu caminho, e se olho para trás, é por que na minha frente não ha nada de interessante para olhar.
E se alguém me perguntar por descuido ou por simples curiosidade em que acredito, darei o silêncio como resposta.
Sou o que sou, não importa se eu tenho pouca ou muita idade, se acreditam ou não em mim...
O que importa é que a vida é uma só, seja ela o que for, esteja onde estiver.
E no meio de tanta confusão, levantarei a bandeira de: DEIXEM-ME EM PAZ!
Aílton Pimentel
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
(Marcel Evangelista)
Início
O Barco (Tomo 1)
Segue-se o barco pelas correntezas do sem fim.
Levando com ele sonhos não realizados,
Amores não correspondidos,
Vidas não vividas,
Feridas mal curadas,
Desejos reprimidos...
E nele, sua tripulação.
Pessoas sem coração,
Sem olhos sem ação,
Sem boca e sem tato,
Sem cheiro e olfato...
Segue-se o barco, segue-se o barco!
Na margem da “vida”
Seus admiradores,
Nada diferente, somando apenas mais gente!
Parasitas e estatuas,
Mentirosos de plantão,
Fracos e invejosos,
Pessoas sem razão...
Que naufrague-se o barco nas correntezas do sem fim.
(AÍLTON PIMENTEL)